Crise atinge fortemente setor de restaurantes

Fonte: GMC Online
26/06/2020
Coronavírus

Desde março, quando casos do novo coronavírus começaram a surgir em todo o Brasil, diversas atividades econômicas vêm sentindo o impacto da crise causada pela doença. Um levantamento recente divulgado pelo Governo do Paraná mostra que entre os setores mais atingidos estão restaurantes e lanchonetes, que acumularam queda expressiva nas vendas nos últimos meses. 

De acordo com os dados, abril e maio compõem o período mais difícil para o setor. Em abril, foram 66% de queda nas vendas, enquanto em maio, apesar da leve recuperação, o setor ainda sofreu com 54% de queda. 

O setor, principalmente entre bares, foi um dos mais atingidos em Maringá. Decretos recentes publicados pela Prefeitura Municipal proibiram o funcionamento dos estabelecimentos por 14 dias.

Outras atividades fortemente atingidas pela crise são vestuário e acessórios e calçados. O primeiro setor sentiu as vendas caírem 69% no quarto mês do ano. No mesmo período, o comércio de calçados registrou queda de 74%. 

Entre as principais medidas de combate ao coronavírus adotadas em diferentes estados brasileiros está o isolamento da população, para tentar frear a disseminação do vírus. No Paraná, não foi diferente. 

O fim de março e o início de abril – quando houve determinação de fechamento do comércio em diversas cidades paranaenses – foi o período que registrou menor porcentagem de atividade de empresas entre os principais municípios do estado. 

Em Maringá, por exemplo, na última semana de março, apenas 38% das empresas da cidade estavam funcionando. Na semana seguinte, eram 46%. 

De lá para cá, a retomada do comércio ocorreu de forma gradual, semana a semana. “Na semana entre 8 e 10 de junho, houve um avanço na taxa de abertura das atividades. Maringá atingiu um patamar de 95%”, considera o economista João Ricardo Tonin. 

Ele lembra que, com as recentes medidas adotadas pela Prefeitura de Maringá, é possível que haja redução dessa taxa nesta última semana.

Os impactos da crise também tiveram reflexo na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Até maio, a perda calculada era de R$ 1,17 bilhão. O número representa queda de 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Apesar de os números refletirem uma difícil realidade, no geral, a região noroeste do Paraná tem conseguido se manter numa posição favorável, principalmente por causa da agroindústria. Segundo a Secretaria de Fazenda, a macrorregião continua operando em um patamar próximo ao registrado antes da crise. 

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