Fazer o que se gosta e gostar do que se faz: é possível?

Fonte: Administradores
02/03/2017
Contábil

Independentemente da área de atuação, acredito que todo profissional tenha em comum o desejo encontrar satisfação no ambiente de trabalho

Seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal, você já deve ter ouvido a frase “faça o que gosta, goste do que faz”, não é mesmo? Mas de que maneira será que ela é aplicável ao seu dia a dia?

Independentemente da área de atuação, todo profissional tem em comum o desejo encontrar satisfação no ambiente de trabalho. E isso inclui um bom relacionamento com colegas, superiores, clientes e todas as demais pessoas envolvidas na rotina.

Segundo a pesquisa The Future of Work, do ADP Research Institute, foi descoberto que pelo menos um terço dos latino-americanos já escolheu trabalhar em áreas de interesse pessoal. Ou seja, essa parcela de pessoas considerou atuar, essencialmente, naquilo que está de acordo com suas preferências.

Mas, como sabemos, nem sempre isso é possível. Em especial em momentos como o que enfrentamos atualmente no Brasil, no qual foi registrado taxa de 12% no índice de desemprego, conforme apontou o IBGE em janeiro deste ano.

Então, como encontrar o equilíbrio e satisfação naquilo que se faz?

Primeiro é importante ter em mente que o caminho para o engajamento de pessoas é uma via de mão dupla. Por um lado, é primordial que as companhias trabalhem na atração de empregados cada vez mais alinhados à sua cultura, que criem um espaço de colaboração para eles, estimulem a troca de ideias e insights importantes e que possam desencadear o bom trabalho entre as equipes. Da mesma forma, é papel de cada profissional entender esse cenário, abraçar a causa da companhia, ser pró-ativo e, consequentemente, impulsionar o andamento dos negócios – segundo o Gallup apontou no último ano, 87%da mão-de-obra no mundo não está engajada às tarefas e às demandas de seu local de trabalho.

E, para complementar esses dados e orientar as companhias, uma segunda pesquisa do Gallup, do mesmo período, alerta que o engajamento vai além de uma simples construção. O instituto afirma que algumas empresas se preocupam demais com táticas de como aumentar o comprometimento de seus empregados e o nível de satisfação dos mesmos apontados nas pesquisas, mas essas questões já não são suficientes para desenvolver de maneira adequada um ambiente de trabalho realmente colaborativo e motivar as pessoas a acordarem todos os dias satisfeitas com o que fazem.

Engajamento: encontrar satisfação no ambiente de trabalho

O levantamento afirma que “o engajamento é resultado de uma administração de performance concreta, a exemplo do esclarecimento de expectativas, da oferta de condições essenciais ao dia a dia e do estabelecimento de um relacionamento positivo entre colegas”.

Essas, aliás, são preocupações que devem ser prioridade aos líderes de equipes. Um artigo no portal Management Today, de 2014, aborda bem esses pontos. Segundo o autor, uma gerência falha é a razão número um para o alto nível de desengajamento. Em muitos casos os colaboradores se dão bem no ambiente de trabalho, mas simplesmente não conseguem se adaptar ao dia a dia com seus chefes. Para ele, a melhor maneira de reverter essa situação é impulsionar os níveis de produtividade. Ou seja, explorar positivamente ao máximo as habilidades de cada empregado.

No fim, a máxima de se fazer o que gosta e efetivamente gostar do que se faz é um trabalho desenvolvido a várias mãos. Empresas e profissionais devem trabalhar juntos para proporcionar ambientes cada vez mais colaborativos, estimular o bom relacionamento entre equipes e, dessa maneira, contar com times mais satisfeitos. O resultado dessa estratégia? Certamente será o impacto direto e positivo nos negócios.
 

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